domingo, 18 de agosto de 2013

Gene Clark - White Light Demos e Roadmaster


Gene Clark foi um singer-songwriter de carreira errática e canções apaixonantes. Outsider de aura cult, seu fraco sempre foi a bebida e as drogas que acabaram o levando muito cedo aos 46 anos.

Seus álbuns do inicio da década de 70 reúnem alguns dos melhores registros do gênero mas nunca tiveram um tratamento à altura de seu irrefutável talento, e em alguns casos foram soterrados por produções desastrosas.

Roadmaster de 1972 foi caso típico. Editado somente na Alemanha e Holanda, agrupava canções com alto teor de lirismo, melodias inesquecíveis e contava com músicos do quilate de Spooner Oldham, Clarence White, Byron Berline, Sneaky Pete Kleinow, Bernie Leadon, Rick Roberts, além dos companheiros de sua antiga banda - McGuinn, Hillman, Crosby, Clarke - os Byrds em sua formação original.

Após inacreditáveis 40 anos a gravadora Sundazed corrigiu parte dessa falta gravíssima e realizou um trabalho primoroso de reedição do álbum. Utilizando as fitas originais e tecnologias atuais de estúdio as canções ganharam mais brilho, consistência e  gravitam agora próximas à plenitude.
















White Light Demos são as sessões do que seria sua maior obra-prima, o álbum homônimo de 1971. Algumas dessas gemas já pipocavam há tempos em diversos boots e agora foram reunidas em um único pacote. Uma sucessão inevitável de futuros clássicos e toda sua simplicidade - apenas voz, violão e gaita. Polaroids folkies perfeitas para um esquecido final de tarde.








sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vamos a Matar, Compañeros (1970) Sergio Corbucci 

Franco Nero


Sergio Corbucci foi um dos principais pilares do Spaguetti Western e se não teve a mesma notoriedade de Sergio Leone e sua trilogia dos dólares, sua cinematografia constitui uma etapa tão relevante quanto a de seu xará mais famoso.

Em 1966 já havia realizado o seminal Django  que fez enorme sucesso, rendeu inúmeras sequencias e consolidou o padrão Corbucci de direção com todas as suas idiossincrasias e genialidade.

Vamos a Matar Compañeros de 1970 é um de seus filmes mais políticos. Com fotografia de Alejandro Ulloa, música de Ennio Morricone e atuações memoráveis de Franco Nero, Tomas Millian, Jack Palance, Fernando Rey e Francisco Bódalo, se apropria do mote da revolução mexicana e aterroriza o vilarejo de San Bernardino desfilando seu inspirado repertório de situações absurdas e exageros de toda ordem. 


sábado, 3 de agosto de 2013

                    The Deep Dark Woods  
Tesouros perdidos nos porões da Big Pink



Liderados por Ryan Boldi – uma espécie de Robbie Robertson da atualidade – os canadenses do Deep Dark Woods possuem vincada matriz nos Basement Tapes de Bob Dylan & The Band e resgatam com maestria toda a tradição e as raízes mais profundas da música norte americana. Em seu painel sonoro coabitam o rock, o folk, o country, o blues, o gospel...

Na estrada desde 2005, já lançaram 4 álbuns e embora explicitamente influenciados por seus compatriotas do The Band suas canções vestem roupagens modernas e são executadas num perfeito estado de combinação dos ingredientes atrás referidos.